sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

ESCANDALO WATERGATE



Cinco pessoas foram presas no edifício comercial Watergate com material eletrônico de espionagem. Os cinco homens que invadiram a sede do Partido Democrata, de oposição ao governo de Richard Nixon, eram ex-membros da CIA (Agência Central de Informações), que haviam participado de outras operações secretas durante o governo de John Kennedy.

A espionagem era comandada por G. Gordon Liddy, ex-agente da CIA, e pelo diretor de segurança do comitê para reeleição do presidente, James McCord. O plano tinha por objetivo descobrir qual a fonte dos vazamentos de informações - daí os integrantes serem chamados de "encanadores". Entre os invasores estavam os ex-agentes Bernard Barker e Eugenio Martinez, que participaram de operações para a deposição do regime comunista de Fidel Castro.

Os mandantes instalaram um posto de comando num quarto de hotel do outro lado do edifício, onde ficava a sede do partido. Na madrugada de 17 de junho de 1972, cinco meses antes das votações presidenciais, os invasores são denunciados pelo vigia do prédio. São pegos fotografando documentos e checando aparelhos de escuta instalados anteriormente.

O fato foi abafado por falta de provas e a mídia não deu tanta atenção por não haver novidades. Somente o jornal Washington Post, dirigido pela proprietária Katharine Graham, aprofundou-se nas investigações, a partir de pistas deixadas pelos "encanadores".

Bob encontrou no edifício uma caderneta de um dos invasores. Nela, o repórter achou o nome do assessor da Casa Branca e a escrita "W. House", que poderia tanto ligar o caso a um bordel como à mansão presidencial. A informação mais importante foi dada a Woodward, por uma fonte segura da Casa Branca, que ficou conhecida como "Garganta Profunda".

Planos de Nixon previam união da CIA e do FBI para aumentar a espionagem interna

A pretensão do governo era acabar com a Guerra do Vietnã e com as dissensões no país. Para isso, Nixon propôs a união da CIA e do FBI para aumentar a espionagem interna.
No plano do presidente, telefones poderiam ser grampeados, casas invadidas e correspondências violadas. Contudo, a estratégia era contrária à filosofia da CIA e do FBI.
Assim, Nixon não recebeu o apoio de J. Edigard Hoover, diretor do FBI. Não porque o fato fosse ilegal, mas porque Hoover temia que o caso caísse no conhecimento público. Caso isso acontecesse, afetaria a agência que ele levara anos para construir.
Contrário às exigências do presidente, Hoover se alia a Richard Helms, diretor da CIA, que orienta ao presidente o embaraço que este plano causaria ao governo caso fosse descoberto. Hoover morre em maio de 1972 e seis semanas depois o plano é executado. Neste período, uma série de pedidos de demissão acontece.
Mesmo com a prisão e a sentença dada aos invasores, Nixon é reeleito. Mas o Washington Post prossegue com as investigações e o Congresso abre um processo de impeachment contra Nixon. A ação penal terminou com a condenação dos sete funcionários mais importantes do governo, entre eles o secretário da Justiça, John N. Mitchell, o chefe da Casa Civil, H.R. Haldeman, e o assessor de Nixon, John D. Ehrlichman.
Nixon é apontado como co-conspirador não-indiciado. Para encobrir o plano, o presidente convocou a segurança nacional pela invasão dos portos, em que a CIA estava envolvida diretamente. O esquema exigia a cumplicidade da CIA, mas este plano não foi acatado por Helms. Nixon assumiu dificultar as investigações e pediu sua renúncia. Gerald Ford assume o poder e concede o perdão presidencial a Nixon.


O caso Watergate projetou o Washington Post como um jornal compromissado com a verdade, saindo da sombra do New York Times. O faro jornalístico de Bob Woodward e Carl Bernstein mudou a história do povo americano e mostrou até onde se pode chegar na luta pelo poder.

Os repórteres Bob Woodward e Carl Bernsteinreceberam o Prêmio Pulitzer, que é atribuído por contribuições relevantes no campo de jornalismo, música e literatura. Bob e Carl publicaram o livro Todos os Homens do Presidente, que foi adaptado para o cinema em 1976, por Alan J. Pakula.

Morre Mark Felt, o “Garganta Profunda”

Portal Comunicque-se
da Redação



Fonte dos repórteres do Washington Post Bob Woodward e Carl Bernstein, responsável pela renúncia do ex-presidente norte-americano Richard Nixon, morreu, aos 95 anos. Embora sofresse de problemas cardíacos, a causa da morte ainda não foi divulgada. Em reportagem informando a morte de Mark Felt, o The New York Times se referiu a ele como a “fonte anônima mais famosa da histórica americana”.

Em 2005, Felt revelou ser a fonte dos jornalistas do Post. Embora sua família tenha garantido que as razões que o levaram a fazer isso era deixar um legado permanente, o próprio “Garganta Profunda” disse que fins lucrativos o motivaram a confessar que foi ele quem passou as informações do escândalo Watergate. "Agora vou organizar e escrever um livro ou algo assim, e ganhar todo o dinheiro que puder", declarou ele, na época, em sua residência de Santa Rosa (Califórnia).

O NYT revelou naquele ano que a família de Felt, preocupada com seu estado de saúde, começou oferecer a história, após tentar em vão um acordo de colaboração com Woodward. Os Felt ofereceram o caso ao jornalista Todd Foster, então colaborador da revista People, que se negou a publicar um artigo porque a família exigia dinheiro para isso. Segundo declarou Foster ao Times, "isto sempre teve a ver com o dinheiro, e eles foram muito claros sobre isso comigo".

Depois, a família propôs um livro à editora ReganBooks, da casa HarperCollins, mas as negociações fracassaram devido à preocupação da empresa com o estado mental de Felt.
Finalmente, a notícia foi publicada na Vanity Fair, que pagou US$ 10 mil por um artigo escrito pelo advogado da família, John O'Connor.

A identidade do “Garganta Profunda” foi mantida em segredo por 30 anos. Os repórteres do Post prometeram que só revelariam a fonte das reportagens quando ela morresse.


sábado, 13 de dezembro de 2008

O BARQUINHO

Maysa
Dia de luz
Festa de sol
Um barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão
Amor se faz
Num barquinho pelo mar
Que deslizando sem parar
Sem intenção
Nossa canção
Vai saindo desse mar
E o sol
Vejo o barco e luz
Dias tão azuis
Volta do mar
Desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar
Céu tão azul
Ilhas do sul
E o barquinho coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz
Tudo isso traz
Uma calma de verão
E então
O barquinho vai
A tardinha cai
Volta do mar
Desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar

Diários particulares de Maysa revelam uma mulher insuspeita



Cantora que hoje faria 70 anos vai ganhar no próximo ano uma biografia baseada em suas próprias anotações.

Lira Neto

Cerca de um mês antes de morrer, em 1977, em um trágico acidente na ponte Rio-Niterói, Maysa faria a última anotação em seu diário particular. "Tenho 40 anos, 20 de carreira. Sou uma mulher só. O que dirá o futuro?" Não houve tempo, infelizmente, para que respondesse à própria pergunta. Hoje, 6 de junho de 2006, ela faria 70 anos. Neste tempo de celebridades instantâneas e glórias frívolas, difícil dizer qual futuro estaria reservado para uma Maysa setentona. Por certo, continuaria a encarar a vida de forma tão intensa quanto sempre a cantou. "Há gritos incríveis dentro de mim, que me povoam da mais imensa solidão", escreveu, em outro trecho do diário.


Em seus muitos cadernos íntimos, cultivados religiosamente, com capricho, desde a adolescência, Maysa mantinha um embate permanente consigo mesma. Fazia desabafos, promessas, confissões. De quando em vez, desenhava-se de perfil, em pequenos auto-retratos rabiscados a lápis. Da ponta da caneta, derramava-se a letra inclinada e nervosa, que não raro chegava a furar o papel, denunciando a voracidade com que se entregava a esse ritual, reservado e cotidiano.


Os momentos mais marcantes dos diários de Maysa estarão na biografia que será lançada ano que vem, com 500 páginas, pela editora Globo, quando se completam os 30 anos de morte daquela que foi uma das maiores divas da música brasileira de todos os tempos. Além dos cadernos pessoais de Maysa, a pesquisa para o livro inclui pelo menos uma centena de entrevistas e o mergulho em cerca de 30 quilos de material, fornecidos pelo filho dela, o diretor de cinema e TV Jayme Monjardim. São milhares de recortes de jornais e revistas, do Brasil e dos vários países por onde Maysa viveu e cantou. Na França, Itália, Estados Unidos, Portugal e Espanha, por exemplo, gravou discos hoje raríssimos, disputados avidamente por fãs e colecionadores.


"Eu só digo o que penso, só faço o que gosto e aquilo que creio. E se alguém não quiser entender e falar, pois que fale", avisava Maysa, na letra da canção Resposta, de sua autoria. Não à toa, sua vida seria marcada, desde sempre, pela ousadia e pela polêmica. Aos 17 anos, saiu praticamente direto do colégio interno para casar com o milionário André Matarazzo. Mas, para escândalo da tradicional família paulistana, logo trocaria o casamento pela "duvidosa" profissão de artista. Desquitada, Maysa dedicou-se à música, viveu amores turbulentos, enfrentou problemas com a bebida. Engordou horrores, quebrou tabus, enfrentou preconceitos. Foi alvo recorrente das revistas de fofoca e, várias vezes, tentou o suicídio. "Não quero morrer. Isso tudo é uma espécie de apelo, um pedido de proteção", confessou.


Foi a inconfundível deusa da música de fossa e da dor-de-cotovelo. A frase "meu mundo caiu", que dá título a uma de suas mais belas e doloridas composições, tornou-se bordão nacional para definir a angústia amorosa e o desencanto radical. Mas os que conviveram com ela também não esquecem de outro lado, menos conhecido, de Maysa. Uma faceta insuspeitada pelos que se acostumaram a ouvi-la cantar, de modo obsessivo, a dor, o desespero e a separação. Isso mesmo. Os antigos amigos falam da existência de uma Maysa solar, irreverente, desbocada, dona de uma gargalhada tonitruante, humor imprevisível, chegada a uma molecagem explícita. "Se sou feliz? Felicidade é coisa de gente burra", ironizava, contudo, Maysa.


Para compreender uma mulher complexa e controvertida como Maysa, é preciso evitar o estereótipo que ela mesma ajudou a construir em torno de si. A eterna cantora dos amores frustrados tinha a exata consciência de que, à certa altura, tornara-se refém da própria imagem pública. "Eu embarquei nessa canoa furada e acabei me tornando o que queriam que eu fosse: uma mulher mal-amada", desabafou.


No fim da vida, recolhida à sua casa de praia, em Maricá, longe dos holofotes da mídia, ensaiava um lento e gradual reencontro consigo. "Não tenho medo da morte. Tenho a impressão de que jamais morrerei", disse, nessa época, a um repórter. "Continuo a mesma, apenas encaro a vida com sereno otimismo", completou. Em seu diário íntimo, porém, revelava a dúvida que alimentava sobre as próprias palavras: "E se o amanhã não chegar?", indagava, na derradeira anotação de seu caderno.


Lira Neto, de 42 anos, jornalista, escreve a biografiade Maysa, a sair em 2007 pela Editora Globo.

CHEIRO DE SAUDADE

(Composição - Maysa)

É aquele cheiro de saudade
Que me trás você a cada instante
Folhas de saudade marcas pelo chão

É uma dor enfim no coração
É talvez que é tempo de saudade
Trago o peito tão carregadinho
Sofro de verdade fruto da saudade
Sem o teu carinho

Quem semeia vento
Colhe tempestade
Quem planta amor
Colhe saudade

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008


ROMA - Arqueólogos franciscanos que escavam na cidade bíblica de Madala (atual Israel) disseram ter encontrado frascos de perfume semelhantes aos que podem ter sido usados pelas mulheres que teriam lavado os pés de Jesus.
Os ungüentos perfumados foram achados intactos, no fundo de uma piscina cheia de lama, junto com cabelos e objetos de maquiagem, segundo relato do diretor da escavação, promovida pela entidade Studium Biblicum Franciscanum, ao site Terrasanta.net.

- Se as análises químicas confirmarem, esses podem ser perfumes e cremes semelhantes àqueles que Maria Madalena, ou a pecadora citada no Evangelho, usou para untar os pés de Cristo - disse o arqueólogo-chefe, padre Stefano de Luca.

Maria Madalena é descrita na Bíblia como uma discípula de Jesus, para quem sete demônios se apresentaram. Habitualmente acredita-se que seja ela a pecadora que tenha lavado os pés de Jesus.

- A descoberta dos ungüentos em Madala é por qualquer medida de grande importância. Mesmo que Maria Madalena não tenha sido a mulher que lavou os pés de Cristo, temos em nossas mãos 'cosméticos' da época de Cristo - disse De Luca.

Madala era o nome de uma antiga cidade perto da costa do mar da Galiléia, no atual norte de Israel. Perto dali existiu uma aldeia palestina até a guerra que criou o Estado judeu, em 1948. Uma cidade israelense chamada Migdal hoje ocupa a região.

- É muito provável que a mulher que untou os pés de Cristo tenha usado estes ungüentos, ou produtos que eram muito similares em composição e qualidade - disse o padre.

A Studium Biblicum Franciscanum participa ativamente da escavação de locais vinculados ao Novo Testamento e aos primórdios do Cristianismo na Idade Média.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008



Hoje não é o melhor dia para lembrar dele, afinal, ele odeia segunda-feira! Mas desta vez o motivo é especial. Há 30 anos, Garfield, o gato mais preguiçoso dos quadrinhos, era criado pelo americano Jim Davis.


Preguiçoso, gordo, ranzinza e fanático por lasanha, o gato laranja já foi publicado em 11 países e, segundo o jornal Folha de S. Paulo, fatura cerca de US$ 5 bilhões por ano em produtos patenteados, sendo 20% só no mercado nacional.


Garfield chegou ao Brasil em 1985 e tem duas tiras publicadas diariamente no jornal Folha de S. Paulo. Além disso, as histórias também saem em outros 2 500 jornais pelo mundo.


E para comemorar seus 30 anos, o gato vai ganhar um livro "Garfield - 30 anos de Gargalhadas e lasanha" ("Garfield - 30 Years of Laughs & Lasagna: The Life & Times of a Fat, Furry Legend"), sem lançamento previsto por aqui, e uma série de animação que será exibida pelo canal Cartoon Network.


E qual seria o segredo do sucesso do personagem que tem suas histórias lidas por cerca de 260 milhões de pessoas por dia? De acordo com Jim Davis, é porque ele não passa de "um come e dorme".