quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Por que tem gente que come muito e não engorda?


Genes, hormônios e músculos são cúmplices desse ato de covardia


por Claudia Carmello

Atenção: este texto está recheado de informações que podem causar indigestão a quem luta contra a balança. Resumindo: ou você nasce "magro de ruim" ou, sinto muito, vai ter que malhar e fechar a boca para ficar com o peso ideal.
São diferenças no metabolismo que fazem com que algumas pessoas queimem mais calorias do que a média para manter o corpo funcionando, ou depositem menos gordura no tecido adiposo. "Assim como os carros enchem o tanque com gasolina ou álcool e usam esses combustíveis para rodar, nós nos abastecemos com gordura e a armazenamos, tirando dela a nossa energia", explica o endocrinologista Marcio Mancini, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade. "Daí, existem os carrões com motores potentes e grandes consumidores de combustível (esses são os ‘magros de ruim’) e os carros com motor de 1 000 cilindradas (esses são as pessoas com dificuldade para perder quilos)", completa.
O que fazer para ser um Land Rover e não um Uno Mille? Bem, a chance é grande de que você já nasça como um ou como outro. Estudos com gêmeos têm mostrado que a genética contribui com nosso peso corporal em 40 a 70%. Genes da obesidade têm sido identificados, o que mostra que alguns corpos já viriam programados para gastar mais fazendo as mesmas coisas. Seguindo na analogia, se seu corpo é um 4x4, você terá direito a comer mais - ou ser abastecido mais frequentemente.
E tem mais: os magros de ruim talvez sejam uma (invejada) minoria porque a seleção natural favoreceu o seu oposto, a eficiência energética. Com os grandes períodos de fome que a humanidade enfrentou, sobreviveram principalmente as pessoas poupadoras de reservas e as ávidas por comida. É isso: da próxima vez que encontrar algum magrinho mandando ver no brigadeiro, pare e pense: "Coitado, não guarda uma energia!

Pessoas inteligentes bebem mais

Thiago Perin 25 de outubro de 2010
Gênio, à sua maneira?
Bebeu demais? Nada de se sentir um lixo: pode considerar a ressaca do dia seguinte um reflexo da sua superinteligência. Soa politicamente incorreto, a gente sabe, mas é o que indicam informações de dois estudos, um feito no Reino Unido (o National Child Development Study) e outro nos EUA (o National Longitudinal Study of Adolescent Health).

Em ambos, pesquisadores mediram a inteligência de crianças e adolescentes de até 16 anos e as categorizaram em uma de cinco classes cognitivas: “muito burro”, “burro”, “normal”, “esperto” ou “muito esperto” (de novo, politicamente incorreto, mas tudo pelo bem da ciência, né?). Os hábitos das crianças americanas foram registrados por sete anos depois disso; já as inglesas foram acompanhadas por mais tempo, até os 40 anos.

Os pesquisadores mediram os hábitos alcoólicos de cada uma conforme elas iam envelhecendo. E eis que as crianças avaliadas como mais inteligentes em ambos os estudos, quando cresceram, bebiam com mais frequência e em maiores quantidades do que as menos inteligentes. No caso dos ingleses, os “muito espertos” se tornaram adultos que consumiam quase oito décimos a mais de álcool do que os colegas “muito burros”. E isso mesmo levando em consideração variáveis que poderiam afetar os níveis de bebedeira, como estado civil, formação acadêmica, renda, classe social etc. Ainda assim, o resultado foi o mesmo: crianças inteligentes bebiam mais quando adultos. E por que, hein?

Há hipóteses (uma, que a gente viu lá no Psychology Today, diz que essa relação entre álcool e inteligência seria um traço evolutivo que começou há cerca de 10 mil anos, quando finalmente surgiu o álcool bebível; até então, o único jeito de ficar alcoolizado era a partir de frutas apodrecidas – coisa séria), mas os pesquisadores ainda não sabem ao certo. Eles alertam, no entanto, que apesar de a tendência a “beber mais” estar de alguma forma ligada à esperteza de cada um, encher a cara não deixa ninguém “mais inteligente”. Ouviu?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Em ano eleitoral, 'Vale tudo' volta à TV e atualiza debate sobre ética no Brasil

'Acredito que o país mudou', diz autor Gilberto Braga em entrevista ao G1. Novela lidera audiência na madrugada; personagens fazem sucesso na web.
G1

Os porres de Heleninha Roitman, o visual descolado de Solange Duprat e a ambição desmedida de Maria de Fátima Aciolly estão entre os assuntos mais “transados” na web - só para usar uma gíria da época. Líder de audiência nas madrugadas da TV paga, a novela “Vale tudo” volta a fazer sucesso 22 anos depois de sua primeira exibição e atualiza a discussão sobre ética no Brasil.
No ar de segunda a sexta-feira no canal Viva, à 0h45, a trama de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres não para de mobilizar os fãs. Desde o último dia 4, quando o primeiro capítulo da reprise foi ao ar, internautas lotaram o YouTube com cenas antológicas, lançaram comunidades no Orkut e criaram perfis dos personagens no Facebook.
O forte teor político de “Vale tudo” hoje é associado à corrida presidencial – nos anos de transição do governo Sarney para o Collor a novela questionava até que ponto compensava ser honesto no Brasil. No Twitter, o termo #valetudo agora passou a ser citado ao lado de comentários críticos aos candidatos José Serra e Dilma Rousseff.
“Pode ser ingenuidade minha, mas acredito que o país mudou. As pessoas estão mais preocupadas com a impunidade”, opina Gilberto Braga, em entrevista ao G1. “O brasileiro de 1988 aceitava a corrupção como fato consumado, coisa natural. E a proposta da novela de discutir ética vinha exatamente daí”, completa o autor.

“Sangue de Jesus tem poder!”
“Vale tudo” girava em torno do plano da jovem Maria de Fátima (Gloria Pires) em vencer na vida a qualquer preço. Em troca de luxo e poder, valia de tudo mesmo: mentir, roubar, aplicar golpes.
No extremo oposto estava a mãe da vilã, Raquel (Regina Duarte), que acreditava na força do trabalho e da honestidade. O lema da personagem, “sangue de Jesus tem poder!”, se transformou no bordão popular mais repetido daquele fim de década.
“Foi a novela mais completa que participei. A Maria de Fátima tinha uma riqueza de sentimentos e questionamentos”, relembra Gloria, que na época tinha 25 anos e garantia sua entrada para a história da teledramaturgia nacional. Com uma performance brilhante, a atriz recebeu prêmios como o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e o Troféu Imprensa.
Gloria conta que, diferente do que acontecia com outros malfeitores folhetinescos, o público sentia certa compaixão por sua personagem. “As pessoas admitiam, em parte, as atitudes da Maria de Fátima. Ela era pobre e almejava uma vida melhor num país onde ainda havia muita tolerância com a desonestidade”, avalia.
Atualmente a atriz se prepara para atuar em uma nova trama de Gilberto Braga, “Insensato coração”, com estreia prevista para janeiro de 2011. A personagem, Norma, vem cercada de expectativas, já que se trata de mais uma vilã. “Espero que ela seja tão arrebatadora quanto a Maria de Fátima!”, torce.

Odete te despreza
Se os espectadores poupavam a vilã de Gloria, o mesmo não poderia ser dito da personagem da atriz Beatriz Segall. A socialite Odete Roitman se tornou a inimiga pública número 1 graças a comentários depreciativos contra o Brasil.
Pérolas do preconceito como “esse país não vai para frente porque brasileiro é preguiçoso, é uma mistura de raças que não deu certo” ou “desde que nasci só ouço falar em crise nesse país” ou ainda “só gosto de ver o Rio de Janeiro da minha TV lá em Paris” compunham o repertório da megera.
Tais falas tinham efeito explosivo junto aos espectadores, o que fez de madame Roitman uma das vilãs mais odiadas da teledramaturgia.
Com o passar dos anos, o público fez as pazes com Odete, que se tornou ícone pop. No Orkut há comunidades-tributo como “Odete te despreza”, além de contas no Twitter que reproduzem as “máximas odeteanas”.
“Odete Roitman era uma bandida. Ela podia espinafrar o Brasil, que isso tinha muito charme”, diz Braga.

Pioneirismo
Ao time de personagens femininas fortes de “Vale tudo” se juntava Heleninha Roitman (Renata Sorrah). Por meio dela, a novela tratou do problema do alcoolismo de forma dramática e realista pela primeira vez na televisão.
Fumantes - hoje vetados na televisão - também circulavam entre uma cena e outra. Rubinho (Daniel Filho), um pianista notívago que sonhava conhecer a Nova York, aparecia sempre com um cigarro pendurado entre os lábios.
Braga garante que a patrulha do politicamente correto nunca o impediu de desenvolver a novela com liberdade. “Fizemos uma campanha contra o fumo por meio do Rubinho. Nunca senti qualquer tipo de rejeição naquela época. ‘Vale tudo’ foi muito bem aceita”.
Tal aprovação – a trama ultrapassava os 50 pontos de audiência – fez com que a novela tivesse caráter pioneiro em outras áreas, como a homossexualidade. Sim, “Vale tudo” tinha um casal de garotas: Laís (Cristina Prochaska) e Cecília (Lala Deheinzelin).
Na história, Cecília morria e seu irmão, Marco Aurélio (Reginaldo Faria), tentava impedir na Justiça que a cunhada ficasse com a pousada em Búzios fundada pelas duas. Foi a primeira vez que o tema da parceria civil entre pessoas do mesmo sexo entrava na pauta de um folhetim.

A mocinha ‘transada’
O perfume de modernidade de “Vale tudo” também ficava por conta da mocinha Solange Duprat (Lídia Brondi). Repórter da fictícia revista “Tomorrow”, a moça lançou moda com sua franjinha ruiva cortada no meio da testa, o batom carmim e um comportamento liberal para a época.
Solange namorava o milionário Afonso (Cássio Gabus Mendes), mas dividia o apartamento e as contas com um amigo, Sardinha (Otávio Müller). Uma coleção de gírias e expressões pontuava suas frases, que terminavam sempre com a palavra “cherrie”.
A personagem também costumava substituir qualquer verbo pela palavra “transar”. Exemplos: “Vamos transar [fazer] uma festa?” ou “você conseguiu transar [resolver] aquele problema?”.
Para estranhamento geral, sua intérprete, não quis mais “transar” televisão. Abandonou a carreira para estudar psicologia. E se casou com seu par romântico de novela.
Cássio e Lídia estão juntos há 20 anos e a ex-atriz é avessa a entrevistas. “Mas essa história de que a gente começou a namorar em ‘Vale tudo’ é lenda urbana”, esclarece Cássio. “Só dois anos depois das gravações da novela nos reencontramos e começamos o namoro”.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Superinteressante ed. 283 outubro/2010
Sonhos - O que eles realmente significam


Sonhos e pesadelos são bem mais que a voz do seu inconsciente. Eles resolvem problemas da vida real.




Eu quero muito ler este livro. Acho a temática inspiradora e bastante reflexiva. Quem sabe eu não tomo uma atitude e faça como a Liz!!

“Liz é uma escritora que resolve tomar conta da sua vida e fazer um montão de coisas que gosta (viajar, conhecer, sentir e aprender) mesmo tendo de desistir de um casamento com um homem que a amava. Logo de cara, no primeiro capítulo, ela está ajoelhada, no chão do banheiro, no meio da madrugada e aos prantos pedindo uma luz pois seus desespero é tanto que ela não consegue ver uma saída. É nesse momento que ela começa a rezar, espontaneamente, e o livro começa”.

Por que as futuras gerações irão nos condenar?

njovem 18 de outubro de 2010



Por Rafael Kenski
SuperInteressante


Um artigo no jornal Washington Post levantou uma maneira interessante de pensar em tendências. Qualquer passada de olhos em livros de história – ou mesmo em seriados como Mad Men – mostra diversos costumes e valores difundidos no passado, mas que hoje são vistos como absurdos. No século 19, era normal ter escravos. Em grande parte do século 20, as mulheres não tinham direito nenhum (e era normal que apanhassem do marido). Então vale perguntar: o que hoje irá ser considerado como estranho no futuro?
Segundo o jornal, alguns fatores ajudam a responder a pergunta. Em primeiro, atitudes condenáveis no passado já eram criticadas na própria época. Segundo, os defensores usavam argumentos baseados na tradição ou diziam que o hábito fazia parte da “natureza humana”. E, por último, havia uma “ignorância estratégica” por trás dos efeitos da questão: todos consumiam as mercadorias feitas por escravos, mas ninguém pensava nas condições de produção. O próprio jornal levanta algumas questões que se encaixam hoje nessa definição como o modo como tratamos presos, os asilos para idosos, a crueldade com animais, a proibição das drogas e as questões ambientais.
A lista é bem maior do que isso. Escreva aí embaixo o que você acha que será difícil explicar para os seus netos. Talvez a nossa incapacidade de lidar bem com a privacidade hoje? A proibição de casamento entre homossexuais? Talvez a desigualdade social do país – e o fato de aceitarmos os “direitos” dos VIPs ? Pensando nessa lógica, é possível que a gente consiga resolver algumas das questões quentes dessas eleições, ficar com a consciência mais tranqüila ou, ao menos, entender melhor a época em que vivemos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Israel e Google irão publicar na internet manuscritos bíblicos

Documentos de 2 mil anos serão disponibilizados gratuitamente. Obras foram encontradas entre 1947 e 1956 no Mar Morto.

O departamento israelense de antiguidades e o Google anunciaram nesta terça-feira (19) o lançamento de um projeto para divulgar, na internet, os manuscritos do Mar Morto, que contêm alguns dos mais antigos textos bíblicos.
O plano, que custará US$ 3,5 milhões (2,5 milhões de euros) tem o objetivo de disponibilizar gratuitamente esses documentos, que possuem cerca de 2 mil anos.
"É a descoberta mais importante do século 20 e vamos compartilhá-la com a tecnologia mais avançada do século 21", afirmou a responsável pelo projeto do departamento israelense, Pnina Shor, em uma coletiva de imprensa em Jerusalém.
A administração israelense captará imagens em alta definição utilizando uma tecnologia "multiespectral" desenvolvida pela Nasa. As imagens serão, posteriormente, publicadas na internet pelo Google em uma base de dados. As traduções dos textos também serão colocadas à disposição. Shor afirmou que as primeiras imagens estarão disponíveis nos próximos meses e o projeto terminará em cinco anos.
"Todos os que possuem uma conexão à internet poderão acessar algumas das obras mais importantes da humanidade", disse o diretor do centro de pesquisa e desenvolvimento do Google em Israel, Yossi Mattias.

Descoberta arqueológica
Acredita-se que os 900 manuscritos encontrados entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, no Mar Morto, constituem uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos. No material encontrado, há pergaminhos e papiros com textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como o Antigo Testamento mais velho que se conhece.

'Dilma não tem medo de nada', diz Chico Buarque

Italo Nogueira
DO RIO


Pego de surpresa, o cantor e compositor Chico Buarque discursou no encontro de artistas e intelectuais em apoio à candidata Dilma Rousseff (PT) no teatro Oi Casa Grande, na zona sul do Rio. Ele sentou ao lado da petista na mesa principal do palco.

"Vim reiterar meu apoio a essa mulher de fibra, que já passou por tudo, e não tem medo de nada. Vai herdar um governo que não corteja os poderosos de sempre. O Brasil é um país que é ouvido em toda parte porque fala de igual para igual com todos. Não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai".

Ele estava ao lado de Leonardo Boff, enquanto este discursava. Mas ao ser convidado a falar pelo teólogo, disse que esperava apenas ficar ao lado, "que nem papagaio de pirata". Ele foi um dos artistas que assinaram primeiro o manifesto em apoio à petista.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Abasteça seu carro com maconha

Livia Aguiar
SuperInteressante / 15 de outubro de 2010
Nem todo mundo sabe, mas as fibras do cânhamo (a conhecida maconha) podem ser utilizadas para fabricar roupas, levantar paredes e compor a estrutura de um carro, devido à sua resistência (ela é duas vezes mais forte que outras fibras orgânicas). As sementes, no entanto, costumam ser descartadas. Mas isso está para mudar.

Aproveitando o potencial oleaginoso das sementes da maconha, o programa Polymer, da Universidade de Connecticut nos EUA, desenvolveu um biodiesel com altíssima taxa de aproveitamento: 97% do óleo das sementes foi convertido em combustível.

Outra vantagem da Cannabis sativa é a capacidade da erva de crescer em solo pobre e de baixa qualidade sem necessidade de pesticidas. Por isso, não é necessário cultivá-la em lavouras destinadas ao plantio de alimentos. “A produção de combustíveis sustentáveis muitas vezes compete com o cultivo de alimento”, afirma Richard Parnas, coordenador do Polymer, em artigo publicado no site da Universidade. “Nesse contexto, produzir biodiesel a partir de plantas que não são alimentos e que não precisam de terra de alta qualidade é um grande passo”.

O Polymer planeja construir uma unidade piloto de produção de biodiesel da cannabis, que contaria com um reator capaz de produzir até 200 mil litros de biocombustível por ano. Os cientistas pretendem testar novas formas de produzir biodiesel e realizar análises econômicas para a comercialização de seus métodos.

O biodiesel é um combustível biodegradável e renovável produzido a partir de matérias-primas vegetais, como soja, dendê, mamona e, agora, maconha. Ele possui um teor de poluição equivalente ao do álcool (feito de cana-de-açúcar, ele também é um biocombustível) e emite menos gases poluentes que a gasolina.

sábado, 16 de outubro de 2010

Meditação pela paz reúne mais de dois mil cariocas no Arpoador

América Medita aconteceu em cem cidades simultaneamente.No Brasil, evento deste ano foi realizado em cinco capitais.

Alba Valéria Mendonça
Do G1 RJ

Mais de duas mil pessoas, segundo os organizadores, se reuniram no final da tarde deste sábado (16), para meditar e pedir um pouco mais de paz no mundo, e, principalmente, no Rio de Janeiro. O evento América Medita, realizado simultaneamente em cem cidades das Américas, foi realizado na Pedra do Arpoador, na Zona Sul do Rio.
Depois de meia hora de exercícios de alongamento, relaxamento e respiração, os cariocas foram convidados a pensar numa forma de reduzir a violência no mundo. De acordo com a Fundação Arte de Viver, que pelo segundo ano consecutivo realiza o evento na cidade, já ficou comprovado que a meditação ajuda as pessoas a lidarem melhor com as emoções negativas, como ansiedade, estresse, depressão e medo.

Além do Rio, no Brasil, o América Medita também foi realizado em São Paulo, Recife, Salvador e Fortaleza. Todos, segundo os organizadores comungaram do mesmo espírito de paz com moradores de Nova York, Cidade do México, Bogotá, La Paz, Montreal Santo Domingo e Santiago, entre outras cidades das Américas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tatuagens antigas poderiam estar relacionadas a rituais de cura

Pesquisadores encontraram restos de plantas queimadas na composição de tatuagens circulares em uma múmia peruana. A descoberta pode indicar uma possível técnica antiga de cura com os mesmos princípios da acupuntura.
A múmia de 1.000 anos era uma mulher e foi encontrada nas areias do deserto Chir Chiribaya Alta, ao sul do Peru, na década de 90. Ela tem dois tipos diferentes de tatuagens: emblemas representando pássaros, macacos e répteis em suas mãos, braços e perna esquerda e um outro tipo de tatuagem com círculos sobrepostos desenhados em seu pescoço.
Quase todas as tatuagens antigas eram desenhadas com fuligem e cinzas. Mas os cientistas da Universidade de Graz, na Áustria, descobriram que os desenhos circulares no pescoço continham vestígios de vegetais queimados. Para os pesquisadores, isso evidencia que esta tatuagem foi feita com uma intenção diferente. Enquanto as tatuagens de fuligem eram meramente decorativas, aquelas com plantas teriam função curativa ou de fortalecimento.
Eles acreditam que tatuagem tem muita semelhança com os pontos usados na acupuntura chinesa e agiria da mesma maneira que a técnica oriental. Além disso, as plantas escolhidas para coloração teriam provavelmente algum propósito médico.
Pela localização dos círculos, eles concluem que a tatuagem medicinal deveria ter sido feita para relaxar ou aliviar dores no pescoço. Mas a ideia de que algumas tatuagens antigas foram feitas com o propósito de cura não é nova. O homem do gelo europeu Ötzi de 5.300 anos, também tem algumas linhas e cruzes tatuadas pelo corpo próximas a pontos de acupuntura. Mas o estudo austríaco é o primeiro a comparar os dois tipos de tatuagens na mesma múmia.